É unanime considerar que guardar rancor, ódio e mágoas não trazem felicidade para ninguém. Mas chega a ser pior do que isso. Cultivar este tipo de sentimento pode causar problemas não só no campo emocional, como também no campo espiritual e até mesmo refletir em problemas de saúde física. Por isso o termo: O Poder do Perdão
Imagine um grande baú. Quanto mais você enchê-lo de culpa, repulsa, ojeriza, rancor,
sentimentos de vingança, mágoas e pensamentos negativos em relação às outras pessoas, por maior que seja esse baú, menos espaço haverá para a gratidão, para os momentos felizes e para a plenitude da alma.
Qual opção você escolheria se precisasse de mais espaço para a felicidade no baú?
(a) Faria uma baita carpintaria para tentar aumentar o espaço.
(b) Simplesmente liberaria espaço removendo o que não presta de dentro dele.
Mesmo um exímio marceneiro preferiria reorganizar o conteúdo do baú à reconstrui-lo, até
porque, para fazer isso, seria necessário esvazia-lo antes.
Sabendo disso, as diversas religiões existentes buscam mostrar caminhos pelos quais é possível “rearranjar o conteúdo do baú”. Existe consenso entre algumas delas de que a melhor maneira para perseguir o caminho da felicidade e do amor é através do Perdão.
Então, vamos entender o que algumas religiões abordam sobre o tema:
Cristianismo
A Bíblia fala muito sobre o perdão. É um tema que tanto a igreja evangélica quanto a católica abordam recorrentemente devido a sua importância. Duas passagens bíblicas ilustram o perdão no Cristianismo:
• Lucas 7:47 – “Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.”
• Jõao 1:9 – “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.”
Enfatiza-se o fato de Deus ter perdoado os nossos pecados. E que isso serve de exemplo a ser seguido. Para o Cristianismo, quem não perdoa não compreende o perdão e o amor de Deus. E o perdão tem poder de salvar uma vida de culpa e de desespero.
Budismo
Segundo o site BudaVirtual, “o perdão é uma parte essencial de uma atitude compassiva, mas é uma virtude facilmente mal compreendida”.
Para Monja Cohen, no vídeo que está disposto acima, a palavra “perdão” não é adequada ao budismo, pois o ato de perdoar, tal qual como idealizamos, pressupõe que exista uma pessoa certa (em posição superior) e outra pessoa errada (em posição inferior). E para o budismo essa distinção não faz muito sentido, uma vez que se baseia no julgamento e juízo de valor.
A palavra mais adequada, então, seria a Compaixão. A compaixão seria uma compreensão e aceitação do outro. A partir daí é que surge o perdão e a purificação.
Judaísmo
A data mais importante da religião judaica é o Yom Kipur, conhecida como Dia do Perdão. Nesta data os judeus dedicam-se às orações, ao jejum e à contrição. Através destas práticas os Judeus demonstram seus arrependimentos em busca de felicidade e perdão divino.
Segundo o Rabino Gabriel Aboutboul , “um dos fundamentos da Torá é o mandamento de servir a Deus com alegria. Mas para viver com alegria, é preciso aprender a perdoar.”.
Espiritismo
Para o espiritismo, perdoar é livrar-se de um sentimento triste. Segundo Divaldo Franco, famoso médium e orador espírita, “perdoar é bom para quem perdoa.” Contudo, considera-se também que todas as pessoas são espíritos em evolução e que naturalmente cometem-se erros. Logo, o perdão também é muito importante para aquele que é perdoado.
Assim, ao mesmo tempo em que você dá a oportunidade do arrependimento e da corrigenda ao ofensor, você dá a si mesmo uma “paz de espirito” ao livrar-se do rancor.
Conclusão
Não importa qual a sua religião, uma excelente forma de elevar a sua espiritualidade e se conectar com algo maior do que você mesmo é exercitando o perdão.
E você, tem muita dificuldade de perdoar?
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Concordo!!! Ao perdoar nos livramos de um peso enorme, que só nos faz mal. Perdão é tudo!