Os sentidos nos movem e somos constantemente bombardeados com estímulos diversos e, em meio a várias demandas e responsabilidades, nos distanciamos de nosso íntimo. Estamos cada vez mais ansiosos e tensos.
Fora a desagradável sensação causada pela sobrecarga mental, que afeta as nossas potencialidades.
Será que estamos olhando para dentro de nós, e utilizando o potencial mental que temos a nosso favor?
Uma boa notícia é que existem meios para transformar essa realidade.
E uma palavra que parece estar na boca de toda a gente é mindfulness, uma prática ligada à meditação budista e que tem se popularizado no mundo. E nesse artigo vamos descobrir o porquê.
Mindfulness ou “Atenção Plena” é um estado mental de controle sobre a capacidade de se concentrar nas experiências, atividades e sensações do presente. E de sermos capazes de aceitar esse estado presente, como esteja sendo. De forma totalmente consciente. Fazendo o esforço intencional de não julgar nossa experiência.
Dessa forma, vamos percebendo os nossos pensamentos, o corpo, as emoções no momento que eles ocorrem, sem reagir de maneira automática ou habitual. Com isso, mesmo diante de situações difíceis abrimos espaço para fazer escolhas mais conscientes e saudáveis. Lidando de forma positiva com o cotidiano.
“A prática do mindfulness – ‘Atenção Plena’ – permite o desenvolvimento de uma ‘desidentificação’ com os conteúdos mentais.”
Os benefícios da Atenção Plena são diversos:
- Alívio da ansiedade
- Reorganização da mente
- Tranquilidade e otimismo
- Melhora a estabilidade emocional e o autocontrole
- Estimular as emoções positivas e a empatia
- Melhorar a concentração, a aprendizagem, a criatividade e a intuição
- Melhorar a saúde (reforça o sistema imunitário) e a longevidade
É tudo o que precisamos no contexto atual, não é mesmo?
A prática da Atenção Plena se populariza em escolas, empresas, lares e salas de aula pelo mundo. Mas o conceito de mindfulness veio a se tornar popular na sociedade ocidental a partir dos anos 70, quando estudiosos norte-americanos e ingleses associaram a prática da meditação ao tratamento de transtornos psicológicos como a depressão, em pacientes que não reagiam bem ao uso de medicações. Nessas pessoas foram percebidas melhoras significativas quando iniciaram a prática do mindfulness.
Nos últimos anos, os efeitos do mindfulness sobre o cérebro têm sido investigados por neurocientistas, tendo esses confirmado aquilo que os praticantes de mindfulness sempre souberam: a prática produz benefícios reais.
Um dos estudos abordou o campo da cognição. O experimento “Mind the Trap”: mindfulness Practice Reduces Cognitive Rigidity” (tradução: Mente a armadilha: A prática da atenção plena reduz a rigidez cognitiva). examinou um grupo de voluntários formado por praticantes de mindfulness e não-praticantes de meditação. O experimento propôs aos voluntários que resolvessem uma sequência de tarefas, de fácil e complexa solução, a fim de testar a atenção plena e a rigidez cognitiva, que nada mais é que a atitude que às vezes impede o indivíduo de ver o que realmente deveria, por considerar apenas os próprios referenciais internos.
Os praticantes de mindfulness foram bem sucedidos ao conseguirem resolver os problemas que lhes eram apresentados sem levar em conta os trâmites das experiências anteriores. Os autores do projeto – os cientistas Jonathan Greenberg, Keren Reiner e Nachshon Meiran- concluíram que a meditação mindfulness reduziu a rigidez cognitiva através da tendência de ser “cegado” pela experiência anterior.
Podemos pensar que a prática do mindfulness pode nos ajudar a enxergar diferentes perspectivas em diversos aspectos de nossas vidas.
Mas se formos pensar bem, todos nós já vivenciamos de alguma forma a experiência do Atenção Plena. Incorporar os hábitos de mindfulness no dia a dia ajuda a acalmar o espírito e potencializar as nossas capacidades. E isso pode ser um benefício de alcance a diversas áreas em nossas vidas.
A esta altura você deve estar interessado em praticar a Atenção Plena e quer saber por onde começar.
A seguir, confira dicas de um pequeno exercício de mindfulness para praticar em qualquer tempo, em qualquer lugar!
Reserve 30 segundos para cada um dos seguintes passos. Faça isso 3 vezes ao dia:
1- Pare no meio de alguma atividade cotidiana. Traga a atenção para a sua respiração, nas sensações em volta do seu estômago, a maneira que ele infla quando inspiramos, a sua volta à posição original quando expiramos.
2- Sinta as sensações corporais que ocorrem nesse momento, tensões musculares, dores, qualquer sensação e não tente modificá-la, apenas tome nota da sua sensação.
3- Tome nota das sensações que você esteja experienciando, por exemplo: “Estou agitado” ou “Há agitação”. Não tente modificá-la, aceite-a.
4- Traga a sua atenção ao seu corpo, às sensações e como você está as experienciando. Conecte-se com elas, sem julgar ou comentar e apenas respire com elas. Permita-se apenas estar e relaxar com qualquer coisa que esteja presente.
[…] Em outras palavras, nós ficamos no piloto automático atribuindo sentindo a tudo que acontece a todo tempo, sem parar. Contudo, quando um evento disruptivo (que pode ser uma crise qualquer) acontece, paramos para analisar, entender e atribuir significados de uma forma mais consciente. […]
[…] onde precisamos focar para sermos felizes. Aliás por isso o Mindfulness se popularizou tanto (veja AQUI do que se […]