A criança forma a sua identidade a partir da maneira como é tratada pelas figuras de referência que tem (pai, mãe, avós, amiguinhos da creche/escola); se, durante o crescimento e desenvolvimento, a criança sentir-se rejeitada, ela pode apresentar problemas na fase adulta relacionados à sua autoimagem, autoestima e auto aceitação [1]
O que caracteriza uma rejeição na infância?
A percepção de mundo da criança é muito diferente da de um adulto. Por isso, o que conta é a interpretação que a criança faz dos fatos. A criança pode associar rejeição com os seguintes estímulos:
Ser desvalorizada e depreciada com frequência.
Não receber elogios.
Ser muito cobrada e criticada.
Não receber atenção suficiente dos pais.
Não receber carinho e afeto.
Ter suas necessidades físicas e emocionais negadas com frequência (vide tirinha).
Ser abandonada afetiva e fisicamente.
Bullying na escola.
Sofrer algum tipo de preconceito.
Dentre outros.
Exemplos de situações de rejeição na infância
Abaixo alguns exemplos de como uma criança pode sentir-se rejeitada. Note que mesmo pais muito dedicados podem falhar neste aspecto, pois o que conta é a interpretação e representação de mundo da criança.
Um pai está de saída para trabalhar e seu filhinho de 6 anos gruda em sua perna e implora com um sonoro “papai, fica aqui comigo”. O pai secamente responde que não pode, pois precisa trabalhar e sai pela porta. A criança pode interpretar como rejeição caso seja um ato frequente.
Uma mãe trata duas irmãs de forma bem distintas. Sendo mais rigorosa e mais severa com a irmã mais velha e mais afetuosa e carinhosa com a caçula. A mais velha tende a sentir-se rejeitada.
Um pai, não tendo a certeza absoluta se é o verdadeiro pai biológico da criança, expõe suas dúvidas com frequência e indiretamente culpa a criança por isso. A criança se sentirá rejeitada.
Consequências da rejeição na infância
Cada ser humano é único. Algumas pessoas que tiveram experiência de rejeição na infância podem desenvolver mecanismos de adaptação que compensem o trauma, mas para muitos as consequências emocionais variam entre:
Senso de pertencimento desestabilizado.
Apresentar grande fragilidade frente a críticas.
Mesmo frente ao sucesso e obtenção de bons resultados, não sentir-se vitoriosa.
Ansiedade e insegurança. [2]
Maior propensão a hostilidade e agressividade.
Dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outras pessoas, pelo medo de sentir rejeição novamente.
Dificuldade em dizer não.
Maior propensão a atividades que gerem prazer a curto prazo e “fuga da realidade”, como drogas, álcool, games, pornografia, etc.[3]
Internalizar em si uma autoimagem de que não é merecedora de afeto e de que não possui atributos suficientes para ser aceita em sociedade.[4]
Passar a vida buscando reconhecimento e carinho. Formando um círculo vicioso:
Faz tudo para agradar em busca de afeto e carinho > não consegue > Se sente rejeitado(a) > Faz tudo para agradar …
E um ou mais desses aspectos podem afetar a autoestima, a auto imagem e a autoaceitação.
Conclusão
Experiências de rejeição na infância podem trazer consequências e efeitos de repetição na idade adulta. A melhor maneira de evoluir é buscar superar os traumas através do autoconhecimento e do desenvolvimento pessoal.
Neste artigo aquivocê pode obter algumas dicas para melhorar a auto estima. Mas é importante avaliar se é o caso de buscar ajuda de profissionais qualificados para ajudá-lo a superar fatos do passado.
Lembre-se: O tempo de colocar a culpa das mazelas da vida nos pais já passou. Agora depende de você para se libertar do passado e traçar uma nova história!
Sou Engenheiro de Produção pelo CEFET-RJ; Pós Graduado em Gestão de Negócios pelo IBMEC-RJ; Mestre em Administração pela PUC-Rio; Coach e Analista comportamental pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC); Autor do romance "Apartamento 805" publicado pela editora VISEU. Apaixonado por desenvolvimento pessoal e Idealizador do SuaEvolucao.com.br.
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